Imprensa

A nova era do mercado financeiro

Monitor Mercantil | Maio de 2022

Revolução digital promoveu a democratização de acessos a serviços

 

Nos últimos anos, vimos o mercado financeiro passar por diversas transformações, a principal delas a digital. Se antes as negociações na Bolsa de Valores eram feitas por telefone, hoje, com apenas alguns cliques, ou até mesmo através de robôs, o investidor pode comprar ou vender suas ações instantaneamente. Vimos o setor passar por uma evolução por completo, os documentos físicos deixaram de existir e os processos foram aperfeiçoados pelo uso de softwares, inteligência artificial e outras tecnologias.

Como consequência desse movimento, as empresas precisaram se adequar aos novos formatos e a clientes mais exigentes, que buscam cada vez mais agilidade nas entregas, resultados mais precisos e rentabilidades maiores.

Recentemente, vimos mais uma transformação no mercado, decorrente da pandemia de Covid-19, que impulsionou e acelerou a utilização de tecnologias digitais, o que gerou mudanças significativas no setor. Um exemplo disso é a rápida adesão e a consolidação do Pix como ferramenta de transferência de recursos, demostrando experiências no âmbito digital mais fluídas e integradas.

Presenciamos também um crescimento importante nos investimentos direcionados a fintechs e empresas financeiras nativamente digitais. A Oliveira Trust, plataforma financeira digital referência em soluções para administração de fundos e serviços fiduciários no Brasil, também seguiu esse movimento e investiu na Liqi, startup de tokenização de ativos, que nada mais é do que transformar, utilizando a tecnológica de blockchain, um ativo real em um ativo digital, fragmentado em unidades criptografadas (os tokens).

Na Oliveira Trust, além de intensificar o uso das tecnologias digitais e de investir em inovação para garantir excelência e escalabilidade, a área de Tecnologia da Informação passou a atuar com elasticidade tecnológica, ou seja, adaptar os sistemas já existentes para uma nova operação. Mais de 30 operações já foram feitas com essa elasticidade tecnológica. Há alguns anos, seria impossível fazer algo nesse sentido.

Em julho de 2019, criamos um braço de transformação digital, a Fintools, que possui mais de 50 colaboradores dedicados exclusivamente para o desenvolvimento de tecnologias e ferramentas para o setor. A Fintools age sobre dois pilares. O primeiro busca transformar digitalmente a empresa, levando mais tecnologia, desenvolvimento, infraestrutura e tecnologia do trabalho, enquanto segundo pilar se propõe a desenvolver e trazer inovações aos clientes da companhia, por meio da transformação digital.

A inovação trouxe novos produtos para o mercado, como os criptoativos e os tokens, que estão transformando a nossa indústria. O setor está dando um salto e entrando em uma nova era de securitização, criando infinitas possibilidades. A revolução digital promoveu a democratização de acessos a serviços financeiros, o que gera mais demanda para um mercado que exige rapidez, flexibilidade, sem perder a segurança.

Diante desse movimento, não se pode deixar de observar a importância, a relevância e a contribuição de órgãos reguladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que tem trazido mais segurança às operações, acompanhando a evolução do mercado e dos produtos financeiros.

Em relação aos FIDCs (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios), por exemplo, a autarquia mudou a norma mais de uma vez para trazer mais segurança às operações, a verificação trimestral da documentação que evidencia o lastro dos diretores creditórios é um bom exemplo. O mercado brasileiro já era sofisticado, mas está progredindo. E isso se deve à CVM, que está trazendo, ainda, um olhar internacional.

Entendo que hoje a nova era do mercado financeiro está diretamente ligada com uma jornada digital, conectada e fluída entre todos os agentes do mercado financeiro. No que confere à contribuição da Oliveira Trust nesse processo, faço questão de reforçar o nosso compromisso de prosseguir investindo em tecnologia e inovação para apresentar aos clientes e ao mercado, de maneira geral, os melhores serviços e as melhores soluções, assim como contribuir para enaltecer a importância do segmento de administração de fundos e serviços fiduciários para o mercado de capitais.

 

Alexandre Lodi é sócio-diretor da Oliveira Trust.